quarta-feira, 31 de agosto de 2011

SÉRIE CONTRACULTURA - MANSOS EM GUERRA



 

Mansos em guerra 

Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada.
Mateus 10.34  


Leia Mateus 5...


O C. S. Lewis descreve o cenário: o universo está em guerra – diz. Para ele, o modo contracultural dos cristãos viverem é algo como uma INVASÃO:

“Um território ocupado pelo inimigo — assim é este mundo. O cristianismo é a história de como o rei por direito desembarcou disfarçado em sua terra e nos cha­ma a tomar parte numa grande campanha de sabota­gem”.  

Nessa guerra, nós “batalhamos” ao modo do rei. É o modo dEle – a cultura com a qual atacamos os valores culturais vigentes. Cristo é o paradigma do Reino de Deus. É o padrão com o qual, nos esforçando para atingir, vivemos na contramão.

Os “soldados” cristãos têm entre seus requisitos o espírito ensinável dos mansos, o espírito sem recursos em si mesmo dos pobres, a sensibilidade e o protesto das lágrimas, o coração que reflete a misericórdia tal qual a recebe de Deus.

Eles estão dispostos a vencer o “mundo” com a sua fé...

Onde no mundo há ansiedades, eles confiam.
Onde no mundo há, no máximo, reciprocidade, eles quebram o ciclo: amam os que não são dignos.
Onde no mundo, só os fortes sobrevivem, eles são a força do outro.
Onde no mundo, os fracos são excluídos, eles vêem na “fraqueza” da Cruz braços suficientes para sustentar o mundo inteiro.
Onde no mundo há desavenças e divisões, eles constroem pontes, são ministros da Reconciliação.
Onde no mundo há violência, eles são os filhos da Paz.
Onde no mundo há dissabores e dissolução, eles são sal.
Onde no mundo há encobrimentos, eles são luz.
Onde no mundo há holofotes, eles são anônimos.
Onde no mundo, há vaidades: do sucesso, da realização, da felicidade, eles se alegram por terem seus nomes escritos no Livro da Vida.
Onde no mundo há busca por poder, eles vencem por baixo, pela humildade.
Onde no mundo há busca por reconhecimento, eles se recolhem.
Onde no mundo há busca por títulos, por distinções, por proeminência, eles se misturam, desaparecem como sal, e investem uns nos outros, são entregues, são servos, consideram o outro superior.
Onde no mundo o bem virou marketing pessoal, eles dão, sem que à mão esquerda saiba da direta.
Onde no mundo há avareza, ganância, usura, eles são solidários, generosos, esquecidos de si mesmos.
Onde no mundo há auto-suficiência, eles são, em si mesmo, necessitados. Carecem de ajuda, são pobres de espírito.
Onde no mundo, tudo é tragédia, vazio, e sem significado, eles se alegram na esperança da vida Eterna.

Não, eles não são do mundo (João 17.16). Entre eles não é assim (Marcos 10.43). Eles são de outro espírito (Lucas 9.55).

São pacíficos, mas estão em guerra!
São humildes, mansos, submissos, obedientes! Mas fazem parte de uma subversão!
Têm fome, e levam e distribuem um Pão.
São injustiçados, mas julgarão o mundo.

Como “soldados” de Cristo, vencem à Sua maneira: levam sobre si – a sua arma, a sua própria cruz. A cruz é o desfile de vitória do soldado cristão:

“... e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz”. (Colossenses 2.15)

A cruz é o modo do rei, a sua maneira de lutar, de combater, de ganhar!

A cruz é o emblema da nossa guerra.

Quem se alista para esse “exército”?
 
 

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