sábado, 17 de março de 2012

Ó que paz nós desprezamos! - por que devo planejar um tempo para oração?





Ó que paz nós desprezamos,
ó que dor desnecessária sofremos,
só porque nós não levamos
tudo a Deus em oração!
JOSEPH SCRIVEN

   De tarde, e de manhã, e ao meio-dia, orarei; e clamarei, e ele ouvirá a minha voz.
Salmo 55.17 

Se eu não estiver tremendamente enganado, uma das principais razões por que tantos filhos de Deus não têm uma vida de oração significativa não se deve tanto a que não queremos, mas a que não planejamos. Se você quer tirar quatro semanas de férias, você não levanta simplesmente numa manhã de verão e diz: "Ei, é hoje que nós vamos!" Você não terá nada pronto. Você não saberá aonde ir. Nada foi planejado. 
Mas é assim que muitos de nós tratam a oração. Levantamos dia após dia e constatamos que momentos significativos de oração deveriam fazer parte da nossa vida, mas as coisas nunca estão prontas. Não sabemos aonde ir. Nada foi planejado: nem o tempo, nem o lugar, nem o procedimento. E todos nós sabemos que o oposto do planejamento não é um fluir maravilhoso de experiências profundas e espontâneas em oração. O oposto de planejamento é rotina. Se você não planeja as férias, você provavelmente ficará em casa assistindo televisão. O fluir natural, não planejado da vida espiritual acompanha a maré mais baixa da vitalidade. Há uma corrida a correr e uma luta a encetar. Se você quer renovação em sua vida de oração, você tem de planejar para atingi-la.
Por isso, minha exortação simples é essa: separe tempo ainda hoje para repensar suas prioridades e onde a oração se encaixa. Tome alguma decisão nova. Tente uma nova aventura com Deus. Determine o período. Defina o lugar. Escolha um trecho da Bíblia para guiá-lo. Não se deixe tiranizar pela pressão das ocupações do dia-a-dia. Todos nós necessitamos de correções de rota no meio do caminho. Faça desse dia um dia de retorno à oração — pela glória de Deus e pela plenitude da sua alegria.
(John Piper, Oração - o poder do prazer cristão, livro: Teologia da Alegria)

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Sobre Oração...



A manhã é uma oportunidade de planejar o dia com antecedência, de levar à presença de Deus todos os encontros e telefonemas planejados, bem como de pedir-lhe que me mantenha atento a todas as sagradas interrupções. Nenhum de nós sabe o que o dia nos reserva, claro, e acho útil pedir antecipadamente uma sensibilidade a tudo que possa acontecer. Preciso sintonizar-me com a ação de Deus nos bastidores. Como costumava dizer meu pastor de Chicago: "mostra-me, ó Deus, o que estás fazendo hoje, e como posso participar disso!". Surpreendentemente, quando apresento meu dia em oração, as prioridades tendem a se reorganizar. Um telefonema inesperado pode assumir importância maior que outra tarefa marcada - terminar a declaração do imposto de renda, por exemplo.

Em contrapartida, a oração da noite confere uma conclusão natural ao dia. Posso recapitular o que aconteceu, refletir sobre o que aprendi, arrepender-me dos pontos em que falhei e entregar nas mãos de Deus todas os problemas não resolvidos que me afligem. Não raro vou dormir confuso por causa de um defeito no computador ou por algum problema na minha redação e acordo no dia seguinte com uma idéia nova sobre como resolver tudo.

Se negligente, não planejo esses momentos da manhã ou da noite, eles não acontecem espontaneamente. Preciso achar tempo, exatamente como acho tempo para o exercício físico, para ver o noticiário, para comer.

A exemplo de muita gente, descobri que um lugar habitual ajuda a criar em mim o espírito de oração.

Extraído do livro: "Oração - ela faz alguma diferença?", de Philip Yancey