sábado, 18 de fevereiro de 2012

Sobre Oração...



A manhã é uma oportunidade de planejar o dia com antecedência, de levar à presença de Deus todos os encontros e telefonemas planejados, bem como de pedir-lhe que me mantenha atento a todas as sagradas interrupções. Nenhum de nós sabe o que o dia nos reserva, claro, e acho útil pedir antecipadamente uma sensibilidade a tudo que possa acontecer. Preciso sintonizar-me com a ação de Deus nos bastidores. Como costumava dizer meu pastor de Chicago: "mostra-me, ó Deus, o que estás fazendo hoje, e como posso participar disso!". Surpreendentemente, quando apresento meu dia em oração, as prioridades tendem a se reorganizar. Um telefonema inesperado pode assumir importância maior que outra tarefa marcada - terminar a declaração do imposto de renda, por exemplo.

Em contrapartida, a oração da noite confere uma conclusão natural ao dia. Posso recapitular o que aconteceu, refletir sobre o que aprendi, arrepender-me dos pontos em que falhei e entregar nas mãos de Deus todas os problemas não resolvidos que me afligem. Não raro vou dormir confuso por causa de um defeito no computador ou por algum problema na minha redação e acordo no dia seguinte com uma idéia nova sobre como resolver tudo.

Se negligente, não planejo esses momentos da manhã ou da noite, eles não acontecem espontaneamente. Preciso achar tempo, exatamente como acho tempo para o exercício físico, para ver o noticiário, para comer.

A exemplo de muita gente, descobri que um lugar habitual ajuda a criar em mim o espírito de oração.

Extraído do livro: "Oração - ela faz alguma diferença?", de Philip Yancey