segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O GRANDE TECELÃO



Romanos 8.28

“Estamos certos de que Deus age em todas as coisas com o fim de beneficiar todos os que o amam, dos que foram chamados conforme seu plano” (King James).

"Sabemos que tudo quanto nos acontece está operando para o nosso próprio bem, se amarmos a Deus e estivermos nos ajustando aos planos dele". (VIVA)


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Com os olhos da mente, vejo um edifício de aparência modesta na cidade de Varanasi, ao norte da Índia. Varanasi talvez seja mais famosa como o centro do hinduísmo, pois através da cidade corre o sagrado rio Ganges. Mas também possui uma merecida reputação por produzir os espetaculares e surpreendentes sáris que toda noiva no norte da Índia deseja usar no dia do casamento. Havendo participado de vários casamentos quando vivia em Déli, recordo-me bem de admirar essas magníficas obras de arte. As cores espetaculares praticamente explodem: surgem vermelhos que parecem ser a fonte de todas as outras tonalidades de vermelho, o azul-real que parece refletir os oceanos do mundo, verdes brilhantes que parecem tomar emprestado a cor das mais finas esmeraldas e emprestar seu lado mais suave a todos os gramados bem cuidados do mundo, e fios de ouro e prata que não apenas parecem de ouro e prata, mas que de fato são de ouro e prata. Todas essas cores são tecidas em padrões que alguém pensaria terem vindo da mais perfeita mente e do mais perfeito par de mãos. Sempre quis saber como eram feitos. Quem os criava e de que modo? 

Eu entrei num prédio e me dirigi a uma pequena sala lateral. Com características típicas indianas, o ambiente deixava muito a desejar, mas o produto final não era menos que uma obra de arte. De modo geral, um homem e seu filho fazem cada sári. O pai se senta numa plataforma mais alta, com grandes carretéis de linhas coloridas brilhantes ao seu alcance. O filho se senta no chão em posição de lótus (com aparente conforto e facilidade que só posso invejar — o primeiro desafio seria ficar nessa posição e o segundo levantar-se). O grupo usa roupas simples e básicas. Seus dedos se movem com agilidade, mas suas mãos jamais tocaram num creme hidratante. Eles se curvam sobre o trabalho e seus olhos se concentram no padrão que surge de cada movimento da lançadeira. 

Diante dos meus olhos, apesar de não surgir de imediato, aparece um grande desenho. O pai reúne alguns fios em sua mão, em seguida acena com a cabeça e o filho movimenta a lançadeira de um lado para outro. Mais alguns fios, outro sinal do pai, e mais uma vez o filho responde, movimentando a lançadeira. O processo parece quase um esforço de Sísifo em sua repetição, o silêncio quebrado poucas vezes por um comentário ou por algum visitante que interrompe para fazer uma pergunta sobre o padrão final. O pai sorri e tenta, num inglês estropiado, explicar a imagem que tem em mente, mas comparada com a magnificência do produto final, sua informação é apenas um balbucio. Sei que, se retornasse algumas semanas mais tarde — em certos casos, alguns meses depois —, veria os carretéis de linha quase vazios e um sári de mais de cinco metros de comprimento, de tirar o fôlego, em todo o seu esplendor. Durante todo o processo, o filho tinha um trabalho bem mais fácil. É possível que muitas vezes tenha se sentido entediado. Talvez suas costas tenham doído ou suas pernas adormecido. Talvez ele tenha desejado outras oportunidades na vida — algo que achasse mais estimulante ou satisfatório. Ele tem apenas uma tarefa, ou seja, movimentar a lançadeira de acordo com a indicação de seu pai, esperando aprender a pensar como o pai para que possa continuar os negócios no devido tempo. 

Já, durante todo o tempo, o desenho permanecia na mente do pai enquanto segurava os fios. Em poucos dias, esse sári seguirá seu caminho para uma loja em Déli, Bombaim ou Calcutá. Uma adorável jovem com sua mãe verá os sáris em exposição. Este irá prender seu olhar e ela exclamará: “Bohut badiya [que magnífico]! Khupsurat [que beleza]!” Um belo sári, porque um grande tecelão propositalmente assim o desenhou. Não muito depois, ele será enrolado em seu corpo, embelezando a adorável noiva. 

Ora, se um tecelão comum pode pegar uma porção de fios coloridos e criar uma vestimenta para embelezar a aparência, não seria possível o Grande Tecelão ter um projeto em mente para você, um projeto que lhe adorna, enquanto ele vai usando a sua própria vida para moldá-la segundo o seu propósito, utilizando todos os fios ao seu alcance?


***
 Ao começar a ver a mão de Deus em sua vida, você saberá que a obra realizada dentro e por meio de você é sob medida, peculiar. O projeto de Deus para a sua vida une cada fio de sua existência numa magnífica obra de arte. Cada fio é importante e possui um propósito específico. 

Oro para que, enquanto você lê estas páginas, veja os fios se unindo e saiba que Deus é verdadeiramente o Grande Tecelão de sua vida.

Ravi K. Zacharias

Trecho do Livro - O Grande Tecelão, Editora Shedd Publicações.

sábado, 22 de outubro de 2011

Na contramão do Mundo: de qual mundo? (ÚLTIMA)



b) O mundo hostil a Deus e escravizado pelos poderes das trevas. O uso mais claro do termo cosmos, no Novo Testamento, é predominantemente negativo. Ele se refere à humanidade, mas à humanidade em franca hostilidade contra Deus, personificada no inimigo de Jesus Cristo e em seus seguidores. A Palavra através da qual todas as coisas foram feitas veio ao mundo, mas “o mundo não O conheceu” (Jo 1:10). Ele veio como a luz do mundo (Jo 8:12, 9:5), para dar testemunho da verdade (Jo 18:37), mas “os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque suas obras eram más” (Jo 3.19). Foi uma rejeição coletiva. Mas foi a única atitude coerente com a natureza de um mundo alienado em relação a Deus – o mundo não pode receber o Espírito da verdade (Jo 14:17), o espírito carnal não pode submeter-se à lei de Deus (Rm 8:7). Essa é a tragédia do mundo, que se acha preso ao círculo vicioso de uma rejeição que o induz a odiar Cristo e seus seguidores (Jo 15:18, 24; 1 Jo 3:1, 13) e que, ao mesmo tempo, torna-o incapaz de reconhecer a verdade do Evangelho (Jo 9:39-41). A condição do mundo em sua rebelião contra Deus é tal que Jesus Cristo nem ora por ele (Jo 17:9).

Mas se explorarmos um pouco mais a fundo nossa análise do conceito de mundo nos escritos joaninos e paulinos, torna-se claro que por trás dessa rejeição de Jesus Cristo esconde-se a influência da forças espirituais hostis ao homem e a Deus. “O mundo inteiro jaz no maligno” (1 Jo 5:19). A “sabedoria do mundo”, caracterizada por sua ignorância de Deus, reflete a sabedoria doas “soberanos desta era”, os poderes das trevas, que crucificaram a Cristo (1 Co 1:20, 2:6, 8). A cegueira dos incrédulos ao Evangelho resulta da ação de Satanás, “o deus deste século” (2 Co 4:4). Apartados dessa fé, os homens ficam sujeitos ao espírito da época (zeitgeist), controlados pelo príncipe da potestade do ar (Ef 2:2). O mundo está sob a dominação dos espíritos rudimentares (Gl 4:3, 9; Cl 2:8, 20), os principados e potestades (Rm 8:38s; 1 Co 15:24, 26; Ef 1:21, 3:10, 6:12; Cl 1:16; 2:10, 15).

O retrato do mundo que emerge dos textos mencionados é confirmado pelo resto do Novo Testamento. Nele, como no Judaísmo do primeiro século, a presente era é concebida como o período em que Satanás e suas hostes receberam autoridade para governar o mundo. O universo não é um espaço fechado, em que se possa achar explicação para tudo, apelando às causas naturais. É antes a arena onde Deus – um Deus que age na História – empenha-se numa batalha com as potestades espirituais que escravizam os homens e bloqueiam sua percepção da verdade revelada em Jesus Cristo.

O diagnóstico da condição humana neste século não pode ser atirado, sem mais nem menos, na cesta de lixo, como se fora um derivativo de especulação apocalíptica comum entre os judeus da era neotestamentária. Como diz E. Stauffer: “No Cristianismo primitivo não há teologia sem demonologia”. E sem demonologia, a resposta para o problema do pecado tem de ser encontrada exclusivamente no homem, sem precisarmos tentar para o fato de que o homem é, ele próprio, a vítima de uma ordem que o transcende e que lhe impõe uma forma de vida perniciosa. O pecado (singular) não é a soma total dos pecados (plural) do homem. Pelo contrário: é uma situação objetiva que condiciona os homens e os força a cometer pecados. “Todo o que comete pecado é escravo do pecado” (Jo 8:34). A essência do pecado é a mentira (“sereis como Deus” – Gn 3:5), e a mentira procede do Diabo, o “mentiroso e pai da mentira” (Jo 8:44). O pecado, então, é um problema social e até mesmo cósmico, e não apenas individual. Os pecados pessoais – aqueles que, de acordo com Jesus, vêm “de dentro, do coração do homem” (Mc 7:21-22) – são ressonâncias de uma voz que vem da criação, a criação que “está sujeita à vaidade”, e que “será redimida do cativeiro da corrupção” (Rm 8:20-21).

Infelizmente, tem-se quase sempre como certo que a manifestação concreta da ação satânica entre os homens ocorre principalmente, ou mesmo exclusivamente, nos fenômenos limitados à esfera da possessão demoníaca, ou do esotérico. De modo que perdemos de vista a natureza demoníaca de todo o ambiente espiritual capaz de condicionar o pensamento e a conduta do homem. O conceito individualista de redenção é a conseqüência lógica de um conceito individualista de pecado, que ignora “tudo que está no mundo” (não unicamente no coração do homem), a saber, “a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida” (1 Jo 2:15-16). Numa palavra: esse conceito ignora a realidade do materialismo, quer dizer, a absolutização da era atual em tudo o que ela oferece: bens de consumo, dinheiro, poder político, filosofia, ciência, classe social, raça, nacionalidade, sexo, religião, tradição, etc.; o “egoísmo coletivo” (para tomar emprestada a frase de Niebuhr) que condiciona o homem a procurar a realização nas “coisas desejáveis” da vida; a Grande Mentira que consiste em dizer que o homem deriva o seu significado do fato de “ser como Deus, independente dele”.

Sob o domínio dos poderes das trevas, o mundo acha-se ao mesmo tempo sob o juízo de Deus. Embora Deus não tivesse enviado seu Filho para condenar o mundo mas para que o mundo, através dele, fosse salvo (Jo 3:17, cf. 12:47), o mundo é julgado por sua própria rejeição da luz da vida que raiou entre os homens. “O julgamento é este: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más”(Jo 3:19, cf. 12:48).

Concluindo: o problema do homem no mundo não se resume nos pecados isolados que comete, ou em render-se à tentação de determinados vícios. O fato é que ele está preso a um sistema fechado de rebelião contra Deus; sistema esse que o condiciona a absolutizar o relativo e a relativizar o absoluto, sistema cujo mecanismo de auto-suficiência priva-o da vida eterna e submete-o ao juízo de Deus. É por essa razão que a evangelização não se pode reduzir à comunicação verbal de conteúdo doutrinário, sem referir-se a formas específicas do envolvimento humano no mundo.

É por essa razão também que a confiança do evangelista não pode ficar à mercê da eficiência de seus métodos. Como ensinava o apostolo Paulo, “a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef 6:12). A proclamação do Evangelho tem de levar a sério a necessidade dos recursos divinos para a batalha.

(René Padilla em A missão da igreja no mundo de hoje. Digitalizado por Eric Brito)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Na contramão do Mundo: de qual mundo? (PARTE III)


(3) O mundo é a humanidade, chamada pelo Evangelho, mas hostil a Deus e escravizada pelos poderes das trevas.

Vez por outra cosmos denota humanidade, sem se referir à posição dele diante de Deus. Com muito maior freqüência, entretanto, denota a humanidade em relação à história da salvação que culmina em Jesus Cristo, por quem será julgada.


(a) O mundo reivindicado pelo Evangelho. A mais categórica afirmação da vontade de Deus de salvar o mundo é a que foi feita na pessoa e obra de seu Filho, Jesus Cristo. Nossa dificuldade em explicar que, a despeito do fato de que a vontade de Deus é a salvação de todos os homens (1 Tm 2:4), mas que de fato nem todos são salvos, isso não nos deveria induzir a negar o escopo universal da soteriologia neotestamentária. De acordo com o Novo Testamento, Jesus Cristo não é o Salvador de uma seita. É antes “o Salvador do mundo” (Jo 4:42; 1 Jo 4:14; 1 Tm 4:10). O mundo é objeto do amor de Deus (Jo 3:16). Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1:29), a luz do mundo (Jo 1:9; 8:12; 9:5), a propiciação não somente pelos pecados de seu próprio povo, mas “também pelos pecados do mundo inteiro” (1 Jo 2:2; cf. 2 Co 5:19). Para cumprir esse fim, ele foi enviado pelo Pai, não para condenar o mundo, mas “para que o mundo fosse salvo por ele” (Jo 3:17).

Obviamente, a salvação de Deus em Cristo Jesus é universal em seu escopo. Mas a universalidade do Evangelho não deve ser confundida com o universalismo dos teólogos contemporâneos que sustentam, tomando como base a obra de Cristo, terem todos os homens recebido a vida eterna, não importando sua posição diante de Cristo. Os benefícios obtidos por Cristo são inseparáveis do Evangelho e, consequentemente, só podem ser recebidos no e através do Evangelho. Pregar o Evangelho não consiste apenas em proclamar um fato cumprido; consiste antes em proclamar o fato cumprido e, simultaneamente, fazer um apelo à fé. A proclamação de Jesus com “Salvador do mundo” não é uma afirmação de que todos os homens são automaticamente salvos; pelo contrário, é um convite a todos os homens para que depositem sua confiança naquele que deu a sua vida em resgate do mundo. “Cristo não nos salva se estamos apartados da fé, e a fé não nos restaura se estamos apartados de Cristo. Ele se tornou um conosco. Temos de nos tornar um com ele também. Sem a afirmação desse duplo processo de auto-identificação, e de suas decorrências, não se faz uma completa exposição do Evangelho”.

Da universalidade do Evangelho deriva a universalidade da missão evangelizadora da Igreja. O clamor dos direitos do Evangelho sobre o mundo, iniciado em Jesus Cristo, continua através de seus discípulos. Assim como o Pai o enviou, assim também ele os enviou ao mundo (Jo 17:18). Em seu nome será anunciado a todas as nações o arrependimento e o perdão de pecados (Lc 24:47; cf. Mt 28:19; Mc 16:15). É essa exigência do Evangelho que dará sentido à História até o fim da presente era (Mt 24:14).

(René Padilla em A missão da igreja no mundo de hoje. Digitalizado por Eric Brito)

Na contramão do Mundo: de qual mundo? (PARTE II)



(2)  Num sentido mais limitado, o mundo é a ordem presente da existência humana, o contexto espaço-temporal da vida.

Este é o mundo das posses materiais, onde o homem precisa se preocupar com “coisas” que são necessárias, mas que facilmente se tornam um fim em si mesmas (Lc 12:30). A “ansiedade” provocada por essas coisas é incompatível com a busca do Reino de Deus (Lc 12:22-31). Os tesouros que o homem seria capaz de juntar na terra são perecíveis (Mt 6:19). De nada adianta ganhar “o mundo inteiro”, mas perder ou ficar privado de sua própria vida, conforme Lucas 9:25 (cf. Jo 12:25). Há um realismo cristão a exigir que levemos isto a sério: “Nada trouxemos para o mundo e nada levaremos do mundo” (1 Tm 6:7). Todas as posses materiais estão sob o signo da transitoriedade de um mundo que avança inexoravelmente para o fim. À luz desse fim tudo que só pertence ao presente torna-se relativo; não pode ser considerada como a totalidade da existência humana (1 Co 7:29-31; cf. 1 Jo 2:17). Pelo contrário: forma parte do sistema da rebelião humana contra Deus.

Proclamar o Evangelho é proclamar a mensagem de um Reino que não é deste mundo (Jo 18:36), e cuja política, portanto, não se pode conformar à política do reino deste mundo. Esse é um Reino cujo soberano “rejeitou os reinos do mundo e sua glória” (Mt 4:8; cf. Lc 4:5), a fim de estabelecer seu próprio reino com base no amor. É um reino que se faz presente entre os homens, aqui e agora (Mt 12:28), na pessoa daquele que não vem deste mundo(tou kosmou toutou), mas “de cima”, de uma ordem situada além do cenário transitório da existência humana (Jo 8:23).

(René Padilla em A missão da igreja no mundo de hoje. Digitalizado por Eric Brito)

Na contramão do Mundo: de qual mundo? (PARTE I)



MUNDO NA PERSPECTIVA BÍBLICA

A simples observação da importância que o termo mundo (grego cosmos) tem no Novo Testamento (especialmente nos escritos joaninos e paulinos, e em passagens relativas à história da salvação) já bastaria para demonstrar a dimensão cósmica do Evangelho. A obra de Deus em Jesus Cristo lida diretamente com o mundo como um todo, não simplesmente com o indivíduo. De modo que a soteriologia que não leva em consideração as relações entre o Evangelho e o mundo não faz justiça ao que a Bíblia ensina.

Mas que é o mundo?

Não posso empreender aqui um estudo exaustivo do tema, mas à guisa de introdução tentarei, de maneira sucinta, selecionar as várias correntes de sentido do complexo termo cosmos, tal como aparece no novo Testamento.

PARTE I

     (1 ) O mundo é a soma total da criação, o universo, “os céus e a terra” que Deus criou no princípio e que um dia criará de novo.

O que mais se destaca no conceito neotestamentário do universo é sua ênfase cristológica. O mundo foi criado por Deus através da Palavra (Jo 1:10), e sem ele nada do que existe se fez (Jo 1:3). O Cristo que o Evangelho proclama como agente de redenção é também o agente da criação de Deus. É ao mesmo tempo o alvo para o qual se dirige toda a criação (Cl 1:16) e o princípio de coerência de toda a realidade, material e espiritual (Cl 1:17).

À luz da amplitude universal de Jesus Cristo, o crente não pode ser pessimista relativamente ao destino final do mundo. Em meio às mudanças da História, sabe ele perfeitamente que Deus não abdicou de seu trono, e que na ocasião propícia todas as coisas se porão sob o jugo de Cristo (Ef 1:10; cf. 1 Co 15:24ss). O Evangelho implica a esperança de “um novo céu e uma nova terra” (Ap 21; cf. 2 Pe 3:13). Conseqüentemente, a única evangelização verdadeira é a que se dirige para o objetivo final da “restauração de todas as coisas” em Jesus Cristo, prometida pelos profetas e proclamada pelos apóstolos (At 3:21). A escatologia centrada na salvação futura da alma acaba sendo demasiado limitada em face das escatologias seculares de nosso tempo, a mais importante das quais – a marxista – espera instaurar a sociedade ideal e a criação de um novo homem. Hoje, mais do que nunca, a esperança cristã, em toda a sua plenitude, tem de ser proclamada com tal convicção, e com tal força, que a falsidade de todas as outras nem careça de demonstração.

(René Padilla em A missão da igreja no mundo de hoje. Digitado por Eric Brito)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O PODER DA GRAÇA




Sinopse

Dos mesmos criadores de “Fireproof” (A Prova de Fogo), The Grace Card é uma poderosa história sobre perdão. O filme conta a história do policial Mac McDonald que perdeu seu filho num acidente. Anos de amargura e dor destruíram o amor por sua família e o deixaram revoltado com Deus... E com todo mundo! Será que Mac e seu novo parceiro, o Sargento Sam Wright, conseguirão de alguma forma unir forças para ajudar um ao outro quando se depararem com suas diferenças, em especial a mais óbvia? Todos os dias, temos a oportunidade de reconstruir relacionamentos e curar feridas dando e recebendo a graça de Deus. Ofereça O PODER DA GRAÇA… E nunca subestime o poder do amor de Deus.

Titulo Original: The Grace Card
Título Traduzido: O Poder da Graça
Diretor: David Evans
Gênero: Drama
Duração: 120 Minutos


TRAILER