segunda-feira, 30 de maio de 2011

Pontos de chegada




METAS, OBJETIVOS E PROPÓSITOS são palavras entrelaçadas que, para a maioria das pessoas, querem dizer exatamente a mesma coisa: pontos de chegada.


A META está relacionada com pontos mensuráveis de uma caminhada, e dizem respeito a pontos de chegada ou paradas para avaliação. A META é o lugar definitivo ou intermediário onde eu quero chegar. A META responde à pergunta: “o quê?”. O OBJETIVO, por sua vez, está relacionado com o que se pretende caso a meta seja alcançada. O objetivo justifica a meta. O OBJETIVO responde à pergunta “para quê?”. O PROPÓSITO, então, está relacionado com a finalidade, e a finalidade é algo que resulta da natureza do próprio ser que age em direção a suas METAS e OBJETIVOS. O PROPÓSITO é a programação interior que me coloca em movimento em certa direção. O PROPÓSITO está ligado aos valores, às crenças e às convicções profundas, e à própria natureza do ser. O PROPÓSITO responde à pergunta “por quê?”.

Em síntese é algo de dentro, faz parte da minha natureza e identidade, e naturalmente me leva a buscar algumas coisas em detrimento de outras. Para alcançar essas coisas que naturalmente estou buscando (OBJETIVOS), estabeleço alguns padrões de medida (METAS), isto é, maneiras de saber se estou chegando aonde quero chegar

Conheço pessoas que têm METAS, mas não têm OBJETIVO nem PROPÓSITO. Tratam as METAS como um fim em si; conseguem alcançá-las, mas não sabem explicar por que se sacrificaram tanto. Cruzam a linha de chegada com uma sensação de vazio e não se conformam que o sucesso em atingir a META não tenha repercutido nenhuma mudança em sua vida ou um mínimo de realização. Essas pessoas vivem de acumulação. Elas geralmente são movidas pela conquista, e a conquista para elas é um fim em si. Jamais serão satisfeitas. É o que Schopenhauer resume ao afirmar que “a vida oscila, pois, como um pêndulo, da direita para esquerda, do sofrimento ao tédio”. Sofrimento porque há desejo sem posse; e tédio porque há posse sem desejo.
 
Conheço também pessoas que têm OBJETIVOS e PROPÓSITOS, mas não têm METAS. Não conseguem sair do lugar, pois faltam os passos práticos na direção de seus OBJETIVOS. Essas pessoas geralmente convivem com imensas frustrações em razão de desejos não satisfeitos. Desejam conforto para família, viver um grande amor, ganhar dinheiro, obter reconhecimento entre os pares, mas não conseguem identificar ao certo as experiências que resultariam na realização de tais OBJETIVOS. São pessoas que pensam de maneira abstrata e enxergam dificuldade em tudo. Diferente daqueles que vivem de acumulação, gente assim vive de ilusão. Têm sonhos sem trem de pouso.

Há também os que têm METAS e OBJETIVOS, mas não têm PROPÓSITO. Stephen Covey fala daqueles que subiram a escada do sucesso e descobriram que ela estava escorada na parede errada. Acredito, entretanto, que as pessoas que têm METAS e OBJETIVOS, mas não têm PROPÓSITOS, não escoram a escada em parede alguma. Sua peregrinação rumo aos OBJETIVOS através das METAS não encontra sustentação. Chegam lá, mas é como se não tivessem chegado. Essas pessoas não vivem de acumulação nem de ilusão. Vivem de frustração. Cruzam a linha de chegada e caem no vazio, percebendo que a conquista da META e a realização do objetivo não supriu as fomes essenciais e reais anseios do coração.

Isso explica por que o mundo está cheio de gente infeliz sem saber o motivo – ou pior, gente infeliz que acredita ter tudo para ser feliz. 

Preste atenção no propósito de sua vida e nos propósitos derivados do grande propósito.
Ouça a recomendação de C. S. Lewis, que nos ensina que toda tentativa de viver em desalinho com Deus é frustrada na origem:

Deus não pode nos dar uma felicidade e uma paz independentes dele simplesmente porque não existem”.


Ed Rene Kivitz, Outra Espiritualidade.

sábado, 28 de maio de 2011

Jesus é a resposta para morte



No artigo anterior - “Jesus é a Resposta, mas qual é a pergunta?” (Leia Aqui) eu terminei concluindo que, num tempo onde não se faz as perguntas, faz-se necessário conduzir as pessoas até elas. E, em especial, as pergunta pelo significado - "De onde viemos, para que viemos e pra onde iremos". Nesse ponto, eu disse: “E, pelo testemunho de Cristo em nós, podemos expor as respostas que temos encontrado nEle”.

Gostaria de, nesse novo artigo, expor sobre uma resposta fundamental que o ser humano, em angústia e desespero, pode encontrar em Cristo. De modo mais direto: Jesus é a resposta para morte.

A morte é um tema amplo, que permeia, simultaneamente, as nossas três perguntas - "De onde viemos, para que viemos e pra onde iremos".  “O sentido da vida” – diz o Rubem Alves, “se dependura no sentido da morte”. Na pergunta pela finalidade da existência, não há disjunção entre a morte e a vida. Se há, de fato, um significado para vida, há significado para morte.

Mas hoje em dia, de um modo geral, não só não se fazem perguntas sobre o significado, como que, a todo custo, evita-se temas desagradáveis. Assim, a morte não é algo que se deva conversar. Não muito raro, um moribundo não tem a oportunidade de conversar sobre o que lhe sobrevirá.

O Eclesiastes é um livro sapiencial, de sabedoria. Sabedoria existencial - àquela adquirida de vivências e experimentações. Não obstante, quase sempre é tardia. “Experimentado”, certamente é um adjetivo que se possa qualificar com propriedade o seu escritor. Assim, o experimentado escritor diz:

Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete; porque ali se vê o fim de todos os homens, e aquele que vive reflete em seu coração.È melhor a tristeza do que o riso, porque a tristeza do corpo torna melhor o coração. O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos está na casa do prazer” .

Numa leitura mais fluente de parte do texto, lemos:

“Melhor é ir à casa do luto ... porque ali se vê o fim de todos os homens ... [E isso faz com que] aquele que vive reflita em seu coração”.

Acho significativo que, no livro provavelmente escrito pelo Rei cuja insígnia maior foi a sua sabedoria[1], essa sabedoria seja associada à tristeza: a tristeza do corpo torna melhor o coração. Não uma tristeza qualquer, uma que suscite perguntas. Assim, o coração dos sábios está na casa do luto porque é diante da morte, que o homem se pergunta pela vida. O luto repercute como uma interrogação. A casa do luto forja o sábio.

Se me permitem, eu queria extrair disso um corolário: há um problema com o riso sem fim.

O problema da casa do banquete é a sua desconexão com a vida. Não há problema algum com a Alegria em si mesma[2]. O problema com a casa do banquete é o ambiente de distrações, onde as perguntas não são feitas. Assim é o nosso mundo - tenta-se transformá-lo num grande parque de diversões. Um entretenimento sem fim. Descanso para um cansaço que não é real. A ordem é vencer o tédio da vida. Dessa forma, o homem moderno é um distraído. O homem moderno é um homem sem luto. E é com distração que superamos a necessidade de nos perguntarmos pelo significado.

Em tempos assim, ressalta-se ainda mais o “endereço da sabedoria” – a casa do luto.

Diante da morte, não há opções, o cérebro tem que trabalhar. Diante de um luto, o vivo se dá conta de seus próprios caminhos e rumos. De repente, ele tem a certeza que sempre deveria ter: eu vou morrer! E ele é colocado diante dele mesmo – enxerga seu coração – e o seu coração tem perguntas a fazer. A sabedoria da casa do luto nos impõe – Inadistraidamente a pergunta sobre o significado.

Há um texto nos Salmos que ecoa essa pedagogia do luto: ensina-me a contar os dias da minha finitude...

Como já sugerimos, os porquês refletem diretamente sobre o “como”: há implicações éticas na filosofia. E o Salomão nos diz: a tristeza do corpo torna melhor o coração.

A sabedoria do luto nos faz viver melhor. Viver mais conscientes! E, de fato, por toda Bíblia, morte e vida são contrapostos, como modos de vida:

“...te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência” (Deuteronômio 30.19).

No texto de Isaías/Coríntios que já citamos no primeiro artigo, se diagnostica:

 “Se é verdade que os mortos não são ressuscitados, façamos o que diz o ditado: Comamos e bebamos porque amanhã morreremos” (I Co 15.32).

Essa é, digamos, uma filosofia do "pra onde iremos". E a resposta dessa filosofia é: Não iremos para lugar algum. Por isso temos que consumir o hoje com a voracidade de um hedonista. Por isso tem que ser irresponsivamente intenso, e nervosamente urgente.

As implicações éticas dessa filosofia não podia ser outra: Comamos e bebamos porque amanhã morreremos. Ainda aqui, a morte, define a vida.

Há um diálogo no livro Alice no país das maravilhas, que diz:

-Que caminho eu devo tomar?
-Depende para onde você está indo.
-Eu não sei para onde eu estou indo.
-Então não importa que caminho tomar.

Nosso mundo é habitado por pessoas que não sabem para onde estão indo, e, conseqüentemente, pessoas indiferentes em seus caminhos. Simplesmente: não se tem aonde chegar. Essa é outra filosofia do “pra onde iremos”. E sua implicação sobre o modo de vida é bem visível.

Mas queremos propor aqui, que o caminho do sábio eclesiástico é um meio caminho – ele nos impõe a pergunta. Ele já predispõe o coração a um por que. Qual, contudo, é esse por quê?

A Ressurreição é o cerne da esperança cristã. “Porque Ele vive” – diz o hino, “posso crer no amanhã”.

O capítulo 15 de I Coríntios é, quase que em sua totalidade, escrito fundamentando-se nessa esperança:

“E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé...”
“E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram”.
“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens”.
“Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem”.

“Se é verdade que os mortos não são ressuscitados, façamos o que diz o ditado: Comamos e bebamos porque amanhã morreremos” (I Co 15.32).

E a resposta da fé cristã é: porque seremos ressuscitados, não dá pra simplesmente comer e beber. A Vida é mais! E a vida vale mais!

E porque Cristo, de fato, ressurgiu dos mortos, preciosa é a nossa pregação, e preciosa é a nossa fé. A nossa esperança em Cristo não se limita apenas a esta vida.  A morte foi tragada. Cristo é levantado como a primícia, isto é, o Primeiro a levantar vitorioso sobre a morte. A Sua Ressurreição é o modelo da nossa Esperança, que canta: Onde está, ó morte, a tua vitória?

A resposta cristã à morte é a Ressurreição de Cristo como vitória sobre ela e como esperança da nossa vitória futura sobre ela.

A casa do luto é o lugar do nosso aprendizado, mas não é a nossa casa. A Alegria cristã se dá, paradoxalmente, em torno de uma morte. É como no fim da parábola do filho pródigo – um Cordeiro é morto, como manifestação de uma alegria. A festa se dá em torno desse sacrifício. E todos aqueles que estão diante da Cruz dizem amém.


[1] E possivelmente escrito num tempo de idade avançada.
[2] Pelo contrário, na Bíblia, a Alegria é mandamento. “A Alegria é algo muito sério no Céu” – disse o Lewis.

Eric Brito

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Fórum sobre HOMOFOBIA




i.    Os evangélicos são homofóbicos?

ii.    É possível amar um homossexual e abominar sua prática sexual?"


Deixe a sua opinião!




Nossa Comunidade no ORKUT


Entrem:  AQUI



As Pedras e a PLC 122



Apedrejando os outros. Algumas observações sobre o PLC 122

Dr. William Douglas

Incômodo ou não, os cristãos falam sobre pecado, um dos temas abordados por Jesus. Quando lhe apresentaram uma pecadora que, por conta de suas ações, contrárias à lei mosaica, deveria ser apedrejada, o Messias também falou sobre violência. Grande revolucionário, Cristo impediu o apedrejamento sugerindo que aquele que não tivesse pecado lançasse a primeira pedra. Contudo, em desfecho esquecido pelos mais liberais, após proteger aquela mulher, e com amor, disse: “Vai, e não peques mais”. Eis Jesus: sem pedras, sem acomodações; com amor, mas sem pecado.

Socialmente, existe violência contra os homossexuais, é fato. E um bom cristão não assiste a um apedrejamento, seja de um pecador ou não, sem fazer o que pode para impedi-lo. Por força de suas crenças, os cristãos devem se mobilizar contra a homofobia e a violência. Afinal, evitar pedras é dever cristão.

Anote-se que existem três tipos de apedrejamento: o físico, o verbal e o moral. Explico. Homicídios e lesões corporais são exemplos do primeiro; a fala agressiva, do segundo; e a imposição de idéias à força, do terceiro. No caso da fala e do discurso, temos de ter cuidado, pois o direito de expressar opinião é uma conquista da democracia e compõe o quadro dos direitos humanos. Assim, lamenta-se a fala inflamada, mas ainda assim ela há de ser admitida, posto que sua limitação é censura, tirania, mordaça. Preferia não ver pedras verbais na boca de um cristão, mas às vezes é difícil distinguir onde começa e termina a opinião e onde começa o, sempre lamentável, uso de pedras, mesmo verbais.

É preciso haver liberdade para expressar a opinião. Isso inclui o direito de um religioso dizer que a homossexualidade é pecado, e o direito de um homossexual dizer que o religioso é retrógrado. Cada um com sua fé, e todos respeitando, democraticamente, o diferente. Esta é a idéia.

A índole cristã é pacífica, tanto que a violência contra homossexuais não vem partindo de grupos religiosos. É bom dizer isso para não confundir as eventuais pedras verbais de alguns religiosos com as agressões físicas dos skinheads e neonazistas, por exemplo. Claro que ainda prefiro os religiosos com discurso mais amoroso, mas não confundamos os tipos de pedras, e não sou eu quem vai dizer o que o outro pode ou não falar.

Ao lado disso, não nos esqueçamos que pedras, de todos os tipos, estão sendo arremessadas de ambos os lados. O PLC 122, na forma como foi aprovado pela Câmara dos Deputados, tem um conteúdo de apedrejamento moral, ao querer impedir que os religiosos digam que segundo seu ponto de vista a homossexualidade é pecado. Isso pode incomodar a alguns, mas é um direito constitucional. Em suma, no justo interesse de combater a homofobia, parte do movimento gay também tem suas pedras verbais e morais. E lamento por alguns artigos de lei de interesse de todos não serem editados com a urgência necessária a fim de combater a violência não só contra os homossexuais, mas também contra negros, índios e pessoas pobres. Isso tem que ser combatido, e logo.

Como cristão e cidadão, quero combater a homofobia, como também quero que seja respeitado o direito de expressão de quem, por motivo religioso ou filosófico, tem opinião contrária à homossexualidade. Querer que um religioso, cristão, judeu, muçulmano, seja processado por suas crenças, é impedir a manifestação do pensamento e da religião. É querer usar a lei como pedra para acertar os religiosos. Erra quem usa a lei para impedir os direitos dos homossexuais e erra quem quer calar os religiosos usando a lei como veículo da mordaça.

O que mais me incomoda é que esse cabo de força da expressão da opinião impeça a edição de lei que criminaliza as pedras físicas. O resultado é que, sendo interesse de ambos os lados, projetos necessários, contrários à violência, estão demorando mais do que o necessário. Nesse passo, vale dizer: a maioria esmagadora dos cristãos é contra a violência, contra a homofobia, e se alguns segmentos se opõem ao PLC 122 é porque ele erra na mão e inverte a discriminação ao invés de eliminá-la.

Nesse cenário lamentável, o Senador Marcelo Crivella sugeriu à bancada evangélica um novo Projeto de Lei em substituição ao PLC 122. Este substitutivo tem o mérito de atacar a violência sem desrespeitar a Constituição, bem como de mostrar que os cristãos são contra qualquer violência, inclusive a violência contra a manifestação do pensamento. Em suma, finalmente há um projeto moderado, com inteligência e sabedoria para atacar o problema social da violência resolvendo os grandes defeitos do PLC em sua forma original. A proposta feita por Crivella, com o apoio de expressiva parcela dos evangélicos, contrários a qualquer tipo de violência, pode até ser apedrejado pelos radicais dos dois lados, mas, certamente, é o primeiro projeto que segue o caminho do meio, compondo os interesses dos dois lados sem ferir a Constituição.
Um bom cristão é contra a violência. Alerta sobre o pecado, mas não compactua com apedrejamentos físicos ou morais, e evita os verbais. Considerando que o movimento gay também prega o amor, espera-se que respeite o direito à discordância. Assim, os dois grupos podem se unir para editar uma lei capaz de combater as piores pedras, e que ajam de forma mais serena e respeitosa entre si, como só uma boa democracia, cristianismo ou arco-íris, pode permitir.


Dr. William Douglas é:

• Juiz Federal, Titular da 4ª Vara Federal de Niterói – Rio de Janeiro
• Professor Universitário
• Mestre em Direito, pela Universidade Gama Filho – UGF
• Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Escola da Magistratura Regional Federal da 2ª Região.


PS. Veja AQUI o projeto de lei 122

A Centralidade da Cruz




Conhece o leitor o quadro de Holman Hunt, líder da Irmandade Rafaelita, intitulado "A Sombra da Morte" [A imagem acima]? Ele representa o interior da carpintaria de Nazaré. Jesus, nu até a cintura, está em pé ao lado de um cavalete de madeira sobre o qual colocou a serra. Seus olhos estão erguidos ao céu, e seu olhar é de dor ou de êxtase, ou de ambas as coisas. Seus braços também estão estendidos acima da cabeça. O sol da tarde, entrando pela porta aberta, lança, na parede atrás dele, uma sombra negra em forma de cruz. A pra­teleira de ferramentas tem a aparência de uma trave horizontal sobre a qual suas mãos foram crucificadas. As próprias ferramentas lembram os fatídicos prego e martelo.
Em primeiro plano, no lado esquerdo, uma mulher está ajoelhada entre as aspas de madeira. Suas mãos descansam no baú em que estão guardadas as ricas dádivas dos magos. Não podemos ver a face da mulher, pois ela se encontra virada. Mas sabemos que é Maria. Ela parece sobressaltar-se com a sombra em forma de cruz que seu filho lança na parede.
Holman Hunt ... passou os anos de 1870 a 1873 na Terra Santa, onde pintou "A Sombra da Morte" em Jerusalém, no telhado da sua casa. Embora a idéia historicamente seja fictícia, é, contudo, teologicamente verdadeira. Desde a infância de Jesus, deveras desde o seu nascimento, a cruz lança uma sombra no seu futuro. Sua morte se encontrava no centro da sua missão. E a igreja sempre reconheceu essa realidade.


John Stott, A Cruz de Cristo 


O Coração do Evangelho

 

        Mas agora se manifestou uma justiça que provém de Deus [...] justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos [e sobre todos] os que crêem. Não há distinção, pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. Deus o ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça. Em sua tolerância, havia deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; mas, no presente, demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.

Romanos 3:21-26



PS. Mande-nos versículos que considerem que expressem de modo mais claro o conteúdo das Boas Novas. O Envio pode ser por comentário. Estaremos integrando os textos no corpo deste post.

JovensIBE


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Uma Oração




"Que o Espírito nos convença de pecado quando os homens nos inocentarem, 
e nos dê certeza de inocência quando Satanás ou os homens nos acusarem indevidamente. 
Que a culpa, condenação e perdão nos venham dele, por ele e sua Palavra, antes que pelos homens, sociedade ou instituições. 
Nunca achemos bom o que Deus julga mau, nem achemos mau o que Deus julga bom".

(Robinson Cavalcanti)


Frases e Citações 23-05-2011



VERSÍCULO
 
"Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito" (Provérbios 4.18)


FRASE

Lutero, citado por Mahaney em seu livro “Glory do Glory”, nos disse que “esta vida, portanto, não é justiça, mas crescimento em justiça. Não é saúde, mas cura. Não é ser, mas se tornar. Não é descansar, mas exercitar. Ainda não somos o que seremos, mas estamos crescendo nesta direção. O processo ainda não está terminado, mas vai prosseguindo. Não é o final, mas é a estrada. Todas as coisas ainda não brilham em glória, mas todas as coisas vão sendo purificadas” (Ronaldo Lidório).

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Uma leve batida na porta

        
        
        "Mas tu, quando orares, entra no teu aposento, e , fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto. E teu Pai, que Vê secretamente, te recompensará". (Mateus 6.6)

        
        A adoração não é propriamente uma iniciativa nossa. Adoração é aceitar o convite. Por isso, antes de tudo, o adorador é um bom ouvinte. A Madre Teresa foi quem disse que orava para ouvir a Deus. É preciso ter uma audição aguçada para perceber os sutis convites que Deus nos faz ao longo do dia. É preciso estar atento para ouvir as leves batidas.

        À medida que crescemos em intimidade, chegamos até a pressentir a Sua vinda. Já sabemos as ocasiões em que Ele vem até nós – isso quando não nos surpreende. Mas o fato é que pressentida ou não, Sua Presença sempre nos surpreende! O coração sempre dispara com a proximidade dos Seus passos. É inevitável!

        É possível nos tornar mais suscetíveis à perceber a Presença de Deus. Mas não êxite - é preciso praticar. É preciso prestar atenção aos detalhes... Essa foi a tese do clássico devocional - Praticando a Presença de Deus. Deus está sempre presente, mas Sua Presença pode ser, para nós, mais, ou menos consciente. Presença consciente de Deus é quando nos damos conta de que Ele está próximo. É referindo-se à essa Presença que o livro sugere: ela pode ser praticada.

        De um modo geral, os convites que Deus nos faz vêm através de batidas, suaves batidas na nossa "porta". Por isso é importante “fechar a porta”. Para o adorador, portas fechadas é a possibilidade de ouvi-Lo bater. Seria essa a recompensa prometida por Jesus para os que, O buscando no aposento, fechassem as suas portas?

        Pensando no que venha a ser essa recompensa, permita-me fazer uma leitura paralela e interativa entre os textos de Mateus 6.6 e o de Apocalipse 3.20.

                "Mas tu, quando orares, entra no teu aposento, e , fechando a tua porta..."

                "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta..."

                "E teu Pai, que Vê secretamente, te recompensará."

                "...entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo".

        Ademais, no contexto de Mateus, a recompensa do discípulo era contraposta com a recompensa dos hipócritas. E, para estes últimos, a recompensa era serem vistos pelos homens.  Ou seja, de alguma forma, Jesus sugere que a recompensa do discípulo tinha haver com o Pai que via em secreto.

        Por incrível que pareça, portas escancaradas não querem dizer “está sempre acessível”. Muito pelo contrário, revela uma total indiferença por quem entra. Acho que por esse motivo temos que fechá-las. Deus vem aonde é querido. E é isso que as portas fechadas nos ensina: elas envolvem receptividade. Só entra quem é desejado.

        Que nesse dia, você possa ouvi-Lo dizer: "eis que estou à sua porta, e bato...".

Eric Brito, escrito em 2007

Orações da Bíblia - Deuteronômio 9.26-29




"Ó Soberano Senhor, não destruas o teu povo, a tua própria herança! 
Tu o redimiste com a tua grandeza e o tiraste da terra do Egito com mão poderosa. 
Lembra-te de teus servos Abraão, Isaque e Jacó. 
Não leves em conta a obstinação deste povo, a sua maldade e o seu pecado, se não os habitantes da terra de onde nos tiraste dirão: 
      ‘Como o Senhor não conseguiu levá-los à terra que lhes havia prometido, e como ele os odiava, tirou-os para fazê-los morrer no deserto’. 
Mas eles são o teu povo, a tua herança, que tiraste do Egito com o teu grande poder e com o teu braço forte".


Frases e Citações 19-05-2011




VERSÍCULOS

"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor." I corintios 15:58

Enviado por: Luciana Benevides


Miquéias 7.8: “Ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei; se morar nas trevas, o Senhor será a minha luz.”

Enviado por: Eric Brito



FRASES

"Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos." (AGOSTINHO)

BlogIBE


segunda-feira, 16 de maio de 2011

Tire sua Dúvida




Você tem alguma dúvida ou curiosidade bíblica? Ou em relação a alguma questão ética?

Esse espaço foi criado para que você possa elaborar sua dúvida. 

A resposta será compartilhada para todos. Portanto, de preferência, faça perguntas que também sirva ao interesse geral.




Entre aspas


Esse seção foi criada para que você compartilhe algum versículo ou frase.

- Cite o autor e as referências bibliográficas
- Se quiser, faça um breve comentário
- Assine





BOSQUE DE LEITURAS


Esse espaço foi criado para que você envie trechos de uma leitura qualquer que tenha gostado e que queria compartilhar.

OBS - Mande-nos também informações do livro (autor, título, etc).



sexta-feira, 6 de maio de 2011

Indicações de Leitura

Esse espaço foi criado para que você dê a sua indicação. 
Contribua!




quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sucesso…


FIZERAM UMA enquete entre pessoas que, a seu juízo, tiveram sucesso, eu entre elas. Queriam descobrir o segredo.

Eis uma das perguntas:

1) Se tivesse que definir sua história profissional em três palavras, quais seriam?

Um jovem me perguntou: como planejei a minha vida para chegar aonde cheguei? Respondi: cheguei aonde cheguei porque tudo o que planejei deu errado. A primeira palavra, então, seria acidente.
Depois, há de se ter um dom, coisa que não se faz, mas se recebe dos deuses. Quis muito ser pianista. Fracassei porque me faltava o dom. Já vi muitas promessas em livros de autoajuda do tipo “você está destinado ao sucesso…”. Isso é mentira. O querer nada pode sem o dom.
Finalmente, é preciso trabalhar.

 Rubem Alves